Fiquei a pensar muito depois de nosso ultimo diálogo, sobre o protagonismo da nossa vida. Como é um tema bastante abstrato, me permita fazer algumas considerações.
Primeiramente, o que podemos entender sobre "protagonismo da própria vida"? Questão bem filosófica né... Creio eu que a sociedade hoje chegou a um estado de banalização tão profundo que a impressão que se passa é que realmente somos robôs, programados para uma rotinização absurda, que nos faz perder o próprio sentido de ser. É como geralmente se retrata naquelas tirinhas de Facebook né, o ser humano passou a ser uma máquina que nasce, cresce, reproduz e morre, como se o fim único de nossa criação fosse apenas dar continuidade a essa espécie fadada ao fracasso e sem razão de ser em si mesmo. Então, retomar o protagonismo da própria vida seria viver numa filosofia que fosse de encontro a esse padrão, fazendo com que nós fizéssemos nossas atividades entendendo o porquê de ser de cada coisa, de uma forma mais racional, menos automática, e que por fim nos levassem a realmente contribuir de alguma forma com a humanidade como um todo. Mas infelizmente esse padrão está tão implantado em nosso subconsciente, que não conseguimos nos desvincular dele de forma racional. Continuamos a apenas reproduzir atos "pré-programados" que continuam esse ciclo vicioso de sequência de atos desconexos.
Chega a ser triste esse pensamento, mas se realmente continuarmos a analisar a coisa dessa forma, sem perspectiva de mudança, e nos deixamos levar pelo dia a dia terrível a qual estamos sujeitos, essa lógica parece a mais real e natural. Gostei muito da colocação de que é besteira correr atrás de uma resposta, e que deveríamos na verdade nos concentrar em recuperar esse protagonismo, porém analisando com calma o porquê fomos inseridos nesse complexo mundo de faz-de-conta, é exatamente por essa razão que não saímos nunca dessa falta de protagonismo, porque não corremos atrás de uma resposta.
Pense comigo: Se não paramos pra analisar o porquê das coisas, não existe a menor possibilidade de fazermos diferente, já que não conhecemos a raiz de todo o problema. Parece complexo, mas não é.
Vamos tomar como exemplo uma questão de uma prova escolar qualquer. Qual o primeiro passo para se achar determinada resposta? Se você respondeu "Entender a pergunta", acertou em cheio. Nossa mente só consegue desenhar uma nova realidade quando conhece completamente a realidade anterior. Se queremos viver numa nova realidade de protagonismo da própria vida, primeiro é necessário buscarmos entender onde na linha do tempo erramos, e nos colocamos de cabeça na realidade atual, de rotina e conformismo natural. Pode não ser fácil fazermos um retrospecto da nossa vida para entender o porque estamos na situação atual, mas certamente esse é o primeiro passo, para entendermos onde estamos errando e comecemos a trilhar por uma nova realidade, e enfim retomemos o nosso protagonismo.
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